SINHÁ OBESA DESPREZADA PELO CORONEL ACHOU NO ESCRAVO A MADEIRADA QUE O MARIDO NÃO DAVA CONTÁ …

Existe um tipo de solidão que não tem nome e que corrói por dentro como ferrugem na alma. E nessa fazenda de café no interior de Minas Gerais, em pleno ano de 1847, essa solidão tinha rosto de mulher e corpo rejeitado. Sim, a Margarida era grande e forte como as árvores do quintal, mas seu marido, o coronel Eusébio Mendes, nunca olhava para ela com desejo.

E toda a noite ela dormia sozinha num quarto enorme, sentindo o peso do abandono sobre o peito. O que ela não sabia é que o destino ia colocar no caminho dela um homem que chegaria acorrentado, mas que carregava nos olhos um fogo capaz de incendiar tudo. Essa é a história de um desejo proibido que nasceu entre paredes de sofrimento e que mudou para sempre o destino daquele casarão.

Porque às vezes a sede da alma não escolhe o corpo que vai saciar e quando dois corações feridos se encontram, nem mesmo as correntes conseguem segurar o que vai acontecer. Era uma fazenda como muitas outras tempo, terras grandes de café que se esticavam até onde os olhos conseguiam ver, casa grande branca com janelas azuis e uma varanda onde a margarida passava as tardes olhando o nada.

Sem zala grande nos fundos onde viviam mais de 60 escravizados, que trabalhavam desde antes do sol nascer até a noite cair. O ar cheirava a terra molhada e café maduro. As manhãs vinham com neblina grossa que cobria os morros e fazia a fazenda apecer um lugar fora do mundo. E naquele mundo, o coronel Eusébio Mendes era o rei absoluto, homem seco e duro, de poucas palavras e menos sentimentos ainda.

Ele tinha 45 anos e um corpo que já não respondia como antigamente. Tinha se casado com Margarida por conveniência, porque ela era filha de outro fazendeiro, e o casamento trouxe terras e mais escravos, mas nunca teve desejo por ela. Margarida era alta e tinha corpo volumoso e quadris largos. Seu rosto era bonito, mas ele nunca olhava com carinho.

Nas poucas vezes que tentaram consumar o casamento, o corpo dele não respondia e aquilo virou um silêncio pesado entre os dois. Ele dormia no escritório fingindo trabalhar até tarde. E ela ficava sozinha no quarto grande, ouvindo o ranger da madeira e sentindo um vazio que doía mais que qualquer chicote. Se essa história já começou a mexer com alguma coisa dentro de você, deixa teu like aqui e comenta o que sentiu, porque histórias assim precisam ser lembradas para que a gente nunca esqueça de onde viemos e quanto sofrimento foi preciso

para chegarmos até aqui. Margarida tinha 32 anos e sentia que estava morrendo aos poucos. acordava todos os dias antes do sol nascer e ia até a cozinha, onde mandava preparar o café e o almoço dos trabalhadores. Controlava tudo na casa grande, fazia as contas dos mantimentos, organizava o trabalho das mucamas, mas por dentro ela estava vazia.

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Olhava pro próprio corpo no espelho e sentia vergonha. Achava que era por causa dele que o marido não a queria. já tinha tentado emagrecer, já tinha usado perfumes importados que vinham de Lisboa, já tinha mandado fazer vestidos novos, mais apertados para marcar a cintura, mas nada funcionava. O coronel continuava distante e frio, e quanto mais ele se afastava, mais ela sentia um fogo crescendo dentro dela, um desejo que não tinha para onde ir, uma necessidade de ser tocada, de ser olhada, de ser desejada por alguém. Ela

começou a reparar nos homens da fazenda, no feitor que passava gritando ordens, nos tropeiros que traziam mercadoria, mas nenhum despertava nada nela até o dia em que chegou Miura. Foi numa tarde de março, quando o sol estava começando a descer. Chegou uma comitiva de um traficante de escravos que vinha do Rio de Janeiro.

Traziam seis africanos recém-chegados para serem vendidos. O coronel desceu da varanda e foi olhar a mercadoria como chamava. Margarida ficou na janela observando. Viu quando descarregaram os homens acorrentados. Cinco eram de estatura mediana, mas o sexto era diferente. Era gigante. Devia ter quase 2 m de altura. Corpo todo musculoso e definido, como se tivesse sido esculpido em pedra preta.

Pele escura que brilhava com o suor, costas largas, braços grossos, pernas fortes. Ele tinha cerca de 25 anos. E seus olhos eram profundos e cheios de uma tristeza antiga, mas também de uma força que assustava. Tinha marcas tribais no rosto, cicatrizes nas costas. Quando ele levantou a cabeça e olhou em volta, Margarida sentiu algo que nunca tinha sentido.

Uma descarga no peito, um aperto na barriga, um calor que subiu do ventre até o rosto. Ela apertou as mãos no parapeito da janela e não conseguiu desviar o olhar. O traficante disse que aquele se chamava Miura e que tinha vindo da costa da Guiné. disse que era forte como 10 homens e que servia para trabalho pesado. O coronel olhou desconfiado, mas acabou comprando todos os seis.

Mandou levar para cenzala e dar comida. Margarida continuou na janela vendo Miura ser levado acorrentado. Ele andava com a cabeça erguida, apesar das correntes, não curvava as costas como os outros. E quando passou perto da casa grande, ele olhou para cima e os olhos dele encontraram os dela por um segundo. Foi só um segundo, mas foi o suficiente para Margarida sentir que algo tinha mudado dentro dela.

Naquela noite, ela não conseguiu dormir. Ficou deitada na cama grande e vazia, pensando naquele homem, pensando no corpo dele, pensando na força que ele tinha. Ela sentia vergonha desses pensamentos, mas não conseguia parar. Seu corpo todo estava acordado, pedindo alguma coisa que ela não sabia dar nome. Os dias que se seguiram foram de tormento.

Margarida começou a sair mais da casa grande. Inventava desculpas para passar perto de onde Miura trabalhava. Ele tinha sido colocado no engenho para moer cana porque precisava de força bruta. Ela via ele de longe trabalhando sem camisa, via suores correndo pelas costas, via os músculos se contraindo a cada movimento e quanto mais via, mais sentia aquele fogo crescer dentro dela.

Era como se o corpo dela tivesse acordado depois de anos dormindo. Seus seios doíam, seu ventre ardia, suas pernas tremiam quando ela pensava nele. À noite, ela se tocava sozinha no quarto escuro e imaginava as mãos dele no lugar das dela. Sentia uma culpa enorme, mas o desejo era mais forte. Ela sabia que aquilo era proibido.

Sabia que se alguém descobrisse, seria um escândalo, mas não conseguia parar de pensar. Miura também tinha notado ela. Quando trabalhava no engenho, ele sentia o olhar da Simá sobre ele. No começo, achou que era só desconfiança, mas depois percebeu que era outra coisa. Era um olhar quente, um olhar de fome.

Ele nunca tinha visto uma mulher branca olhar para ele daquele jeito. Na verdade, ninguém nunca tinha olhado para ele daquele jeito. Desde que foi capturado na África e trazido pro Brasil, ele tinha perdido tudo. Tinha perdido sua tribo, tinha perdido sua família, tinha perdido sua liberdade, tinha perdido até seu nome verdadeiro, porque agora o chamavam de Miúa.

Mas algo naquele olhar da Sá mexia com ele. Ela era grande e tinha curvas fartas. Tinha seios volumosos que se marcavam no vestido. Tinha quadris largos e coxas grossas. Tinha uma boca carnuda e olhos que pareciam implorar por alguma coisa. E apesar de toda a diferença, apesar de tudo que o separava, ele começou a sentir desejo por ela também.

E se você tá sentindo a tensão dessa história crescendo, deixa teu like e comenta aqui embaixo, porque histórias de sentimentos proibidos mexem com algo muito profundo na gente. E eu quero saber o que você tá sentindo agora. Passaram semanas assim, os dois se olhando de longe. Margarida inventando cada vez mais desculpas para passar perto dele.

Miura trabalhando duro, mas sempre atento quando ela aparecia. O coronel não notava nada. Continuava ocupado com seus negócios e suas viagens. continuava dormindo longe da esposa, continuava tratando ela como se fosse um móvel da casa e quanto mais ele ignorava, mais ela se sentia atraída pelo escravo. Foi numa tarde de tempestade que tudo mudou.

O céu escureceu de repente e começou a cair uma chuva violenta. Todos correram para se abrigar. Margarida estava voltando da capela quando a chuva pegou. Ela correu e entrou no celeiro que ficava entre a casa grande e a cenzala. Estava escuro lá dentro. cheirava afeno molhado e madeira velha.

Ela encostou na parede, tentando recuperar o fôlego. Foi quando ouviu passos. Virou e viu Miura entrando também. Ele estava encharcado. A água escorria pelo corpo nu da cintura para cima. Ele parou quando viu ela. Os dois ficaram parados se encarando. A chuva batia forte no telhado. O vento fazia as portas baterem.

E ali, naquele espaço escuro e isolado do mundo, era como se só existissem os dois. Margarida não conseguiu se controlar. deu um passo na direção dele, depois outro. Miura ficou imóvel. Ela chegou perto e levantou a mão devagar. Tocou o peito dele, sentiu o calor da pele molhada, sentiu o coração dele batendo forte. Ele tremeu com o toque.

Ela olhou nos olhos dele e viu ali a mesma fome que ela sentia. Não trocaram palavras, não precisavam. Ela puxou ele para perto e beijou a boca dele com desespero. Foi um beijo molhado e urgente. Ele respondeu, agarrando a cintura dela com força. As mãos grandes dele envolveram o corpo dela todo. Ela gemeu na boca dele.

Sentiu pela primeira vez em anos o que era ser desejada. sentiu o corpo dele duro contra o dela, sentiu a força dele e se entregou completamente ali no celeiro, em cima do feno molhado. Eles se amaram com a violência de quem estava morrendo de sede. Foi rápido e intenso. Quando terminou, os dois ficaram deitados ofegantes. Ela chorou de alívio.

Ele ficou em silêncio, segurando a mão dela. Sabiam que aquilo era perigoso. Sabiam que podiam morrer por aquilo, mas naquele momento nada mais importava. Depois daquele dia, criaram uma rotina perigosa. Margarida mandava chamar Miura para fazer pequenos serviços perto da Casagrande, consertar uma cerca, carregar uns sacos, limpar o quintal e sempre encontravam um jeito de ficarem sozinhos por alguns minutos.

Às vezes era no celeiro, às vezes era na dispensa dos fundos. Uma vez foi no quarto de arrumação da Casa Grande enquanto o coronel estava viajando. Ela vivia num estado de ansiedade constante. Tinha medo de ser descoberta, mas não conseguia parar. Aquele homem tinha acordado nela uma parte que ela nem sabia que existia.

Ele a fazia sentir viva. Quando estava com ele, ela não era mais a esposa gorda e rejeitada. Era uma mulher desejada, era bonita, era poderosa. E ele também mudou. Antes era só silêncio e trabalho. Agora tinha nos olhos um brilho diferente. Tinha algo para esperar. Alguém que olhava para ele como se ele fosse um homem e não um animal de carga.

Mas segredos assim não ficam guardados para sempre. Uma das mucamas começou a desconfiar. Era uma mulher velha chamada Felismina, que trabalhava na Casa Grande há muitos anos. Ela notava quando aá ficava agitada, notava quando ela saía com desculpas esfarrapadas. Notava quando Miura era chamado para perto da casa grande com mais frequência e começou a juntar as peças.

Uma tarde, ela viu os dois saindo do celeiro com roupas desarrumadas e terra no cabelo. Naquele momento, ela soube de tudo. Ficou com medo. Sabia que aquilo podia acabar muito mal, mas também tinha pena da assim. Via como o coronel a tratava. Via a solidão nos olhos dela. Então decidiu ficar calada, mas pediu a Deus que aquilo não fosse descoberto, porque o castigo seria terrível.

Os meses passaram e o que era só desejo virou outra coisa. Margarida começou a sentir algo mais profundo por Miura. Começou a se importar com ele como pessoa. Perguntava sobre sua vida na África, sobre sua família, sobre seus sonhos. Ele contava em português quebrado sobre a aldeia onde nasceu, sobre as caçadas que fazia com o pai, sobre o dia em que os homens brancos atacaram e levaram todos acorrentados.

contava sobre a travessia no navio nojento, onde muitos morreram, sobre o medo e a dor de tudo que tinha perdido, e ela chorava ouvindo. Pela primeira vez na vida, ela via os escravizados como pessoas de verdade, via o sofrimento deles, via injustiça e começou a sentir uma culpa profunda por fazer parte daquele sistema, mas ao mesmo tempo não conseguia abrir mão dele.

Era egoísta e sabia disso. Estava usando o corpo dele para preencher seu vazio e ele estava preso. Não tinha escolha. Aquilo a atormentava, mas não o suficiente para parar. Foi numa noite de junho que a tragédia começou a se desenhar. O coronel voltou de uma viagem mais cedo do que o esperado. Chegou de madrugada e foi direto pro quarto dele, mas estava com insônia e resolveu caminhar pela casa.

Passou pelo corredor e ouviu um barulho vindo do quarto da esposa. Abriu a porta devagar e viu que a cama estava vazia. Estranhou. Desceu as escadas e foi procurá-la lá. Foi quando viu uma luz na dispensa dos fundos. caminhou devagar e espiou pela fresta da porta. E o que viu congelou seu sangue. Sua esposa estava nos braços de Miúa. Os dois estavam seminus.

Ela beijava o pescoço dele. Ele acariciava as costas dela. O coronel sentiu uma fúria que nunca tinha sentido antes. Não era ciúme de amor, era orgulho ferido. Era a humilhação de saber que sua esposa o traía com um escravo, com um negro, com alguém que ele considerava menos que um animal.

Ele recuou em silêncio e voltou pro quarto. Passou a noite inteira planejando o que ia fazer. No dia seguinte, chamou o feitor. Disse que tinha descoberto que Miura andava roubando. Disse que era preciso dar um exemplo. Mandou acorrentar ele no tronco, na frente de todos os escravizados. Margarida ouviu o tumulto e saiu correndo.

Viu Miú sendo arrastado. Viu quando amarraram ele. Seu coração quase parou. Olhou pro marido e viu nos olhos dele que ele sabia. Ela quis gritar, quis confessar, quis se jogar na frente, mas as pernas não obedeceram. O coronel pegou o chicote e começou a bater. 20 xibatadas, 30, 50. O sangue espirrava.

Miura não gritava, apenas apertava os dentes e mantinha os olhos fechados. Margarida caiu de joelhos, chorando. Ninguém entendia porque ela estava tão abalada. Félix Mina veio e puxou ela de volta para Casagre. Quando terminou, o coronel mandou jogar água com sal nas feridas de Miura e levar ele de volta para cenzá-la.

Depois entrou na casa e foi até o quarto da esposa. Fechou a porta e disse com voz gelada que ele sabia de tudo. Disse que ela era uma mulher imunda e sem vergonha. disse que ele deveria matá-la, mas que não ia fazer isso porque ela era filha de quem era e aquilo ia virar um escândalo, mas que a partir daquele dia ela estava morta para ele.

Ela nunca mais sairia da casa grande, nunca mais falaria com ninguém, seria tratada como um fantasma. E quanto ao escravo, ele seria vendido para uma fazenda no Sul, onde o trabalho era tão duro que ninguém sobrevivia mais de dois anos. Margarida implorou, pediu perdão, disse que ia fazer qualquer coisa, mas o coronel saiu batendo a porta.

Ela se trancou no quarto e passou dias sem comer. Só chorava. Sentia que ia morrer de tristeza. Alguns dias depois, vieram os compradores. Levaram Miura e mais cinco escravizados. Margarida conseguiu subir na janela e ver quando eles foram embora. Miura olhou para trás uma última vez.

Os olhos dele encontraram os dela e naquele último olhar tinha tanto amor e tanta dor que ela sentiu o coração se partir em pedaços. Depois que ele sumiu de vista, ela desabou no chão e ficou ali deitada até escurecer. Nos meses que se seguiram, ela viveu como uma sombra. Não falava com ninguém, mal comia. Emagreceu tanto que ficou só pele e osso. O coronel não se importava.

Felismina cuidava dela como podia, mas ela estava desistindo de viver. Até que uma manhã de setembro, Felismina veio com uma notícia. Tinha chegado carta de um fazendeiro do sul, dizendo que um escravo chamado Miura tinha morrido. Tinha tentado fugir e foi morto a tiros pelos capitães do mato.

Quando Margarida ouviu isso, algo dentro dela morreu de vez. Ela não chorou, apenas ficou olhando pra parede. Naquela noite esperou todo mundo dormir, pegou uma corda que tinha guardada, foi até o porão da casa grande, amarrou a corda numa viga e se enforcou. Quando encontraram ela de manhã, já estava fria.

O coronel mandou enterrar sem cerimônia num canto do cemitério. Disse que tinha sido um acidente, mas todos sabiam a verdade. E Felismina, que testemunhou tudo, levou aquele segredo até o dia da própria morte. E essa é a história de Sha Margarida e do escravo Miura. Uma história de desejo nascido no lugar errado e na época errada. Uma história que mostra como a solidão pode levar alguém a buscar consolo nos braços mais improváveis.

E como um sistema que desumaniza as pessoas destrói a todos, sem exceção. Porque no final nem Assiná com todo o seu poder, nem o escravo com toda sua força conseguiram escapar do destino cruel que aquele mundo reservava para quem ousava atravessar as linhas proibidas. E se essa história tocou teu coração de alguma forma, se inscreve aqui no canal e comenta para mim de qual cidade e qual estado você tá me ouvindo, porque eu quero saber onde estão as pessoas que ainda se importam com essas memórias que não podem ser esquecidas.

Compartilha com quem você acha que precisa ouvir e fica com Deus até a próxima história.

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