A Sinhá Que obrigou seu escravo a ter relação íntima. o que aconteceu depois você não vai acreditar

O sol castigava sem piedade a estrada de terra batida que levava ao sul e domingo seguia acorrentado na carroça junto com outros cinco cativos, todos silenciosos, como se já tivessem perdido até a vontade de gemer. O comprador de escravos era um tal de capitão Morais, homem baixo e gordo, que mastigava fumo o tempo todo e cuspia no chão.
Tinha olhos pequenos e cruéis como os de um porco, e tratava os negros que comprava pior que gado. A viagem durou três semanas. Passaram por vilarejos pobres, atravessaram rios caudalosos, dormiram ao relento, quando não havia fazenda que os acolhesse. E a cada dia, Domingo sentia que se afastava não apenas da fazenda dos Albuquerque, mas de tudo que um dia conhecera como lar.
Numa dessas noites, acampados perto de um rio, ele conversou com um dos outros escravos, um jovem chamado Antônio Bento, que tinha marcas de chicote nas costas. e um olhar de revolta nos olhos. “De onde você vem, mano?”, perguntou Domingos. Antônio cuspiu no chão antes de responder. Eu vim de uma fazenda lá perto de Campinas.


Fugi duas vezes, mas me pegaram. Agora vão me vender pras charqueadas, porque dizem que lá ninguém consegue fugir, que é tão longe e tão vigiado que até pensar em liberdade é perder tempo. Domingo sentiu um aperto no peito. “E ainda pensa em fugir?” Antônio sorriu, mas era um sorriso sem alegria.
Todo dia, mano, todo dia eu penso, porque o dia que eu parar de pensar em liberdade, é o dia que vou deixar de ser homem para virar só uma peça de trabalho. E isso eu não aceito. Prefiro morrer tentando. As palavras de Antônio plantaram uma semente em Domingos, porque até então ele vinha se arrastando naquela jornada como um morto vivo, sem esperança e sem vontade, mas agora começava a sentir algo diferente crescendo dentro dele, uma raiva surda, uma revolta que ele tinha empurrado para bem fundo da alma durante todos aqueles anos de obediência forçada. Quando
finalmente chegaram à região das charqueadas no Rio Grande do Sul, Domingos entendeu porque chamavam aquele lugar de inferno na terra. As charqueadas eram estabelecimentos imensos onde se matava gado aos milhares para fazer shark. A carne salgada que alimentava os escravos de todo o Brasil. E o trabalho lá era tão brutal que os homens duravam poucos anos antes de adoecerem ou morrerem de exaustão.
O ar cheirava a sangue e sal. O chão era vermelho do sangue dos bois e os escravos trabalhavam de sol a sol sob o chicote de capatazes ainda mais cruéis que os do café. Domingos foi vendido para um estanciiro chamado Dom Rodrigo Tavares, um homem alto e magro de bigodes grisalhos, que tinha fama de ser duro, mas não injusto.
Na charqueada de Dom Rodrigo trabalhavam mais de 100 escravos, a maioria homens jovens e fortes, porque o serviço exigia força bruta, que havia também alguns gaúchos pobres e livres, que faziam o trabalho mais especializado de cortar e salgar a carne. Nos primeiros dias, Domingos achou que não ia aguentar. As mãos sangravam de tanto segurar a faca, as costas doíam de carregar as mantas de carne, que à noite ele desabava no giral da cenzala, sem forças nem para comer a magra ração que lhes davam.
Mas Antônio Bento estava lá também, porque o capitão Moraes vendera os seis escravos pro mesmo patrão e Antônio não deixava Domingos desistir. Toda noite ele vinha conversar, contava histórias de quilombos e de negros que tinham conseguido comprar a própria alforria. Alimentava nele a chama da esperança que teimava em não se apagar completamente.
E se essa história ainda te prende, deixa teu like e continua com a gente, porque agora vem a parte onde Domingos vai ter que decidir entre aceitar o destino ou lutar pela liberdade. Passaram-se meses. O inverno rigoroso do sul chegou trazendo um frio que Domingos nunca tinha sentido na vida. E foi nesse tempo que ele conheceu uma escrava chamada Rosa, uma mulher de uns 25 anos que trabalhava na cozinha da Casa Grande e tinha um sorriso tímido, mas bonito.
Rosa era filha de uma escrava com um peão livre. Tinha a pele mais clara que Domingos e olhos cor de mel. E desde o primeiro dia que o viu, ficou com pena daquele homem alto e triste que parecia carregar o mundo nas costas. Ela começou a separar as melhores sobras de comida para ele. Às vezes um pedaço de carne com menos gordura.
Às vezes uma batata doce assada, pequenos gestos de carinho que faziam domingos sentir que ainda havia bondade no mundo. Com o tempo, os dois começaram a conversar. Ela contava da sua vida na charqueada onde nascera. Ele contava de vassouras e da fazenda de café, mas nunca mencionava o que tinha acontecido com a senh Mariana.
Aquilo era uma ferida que ele guardava no fundo da alma e que não queria expor para ninguém. Rosa, porém, era mulher intuitiva. Percebia que Domingos tinha um sofrimento escondido, que ia além do cansaço do corpo. E uma noite, quando estavam sentados perto do fogo na senzala, ela perguntou suavemente: “O que te machucou tanto, Domingos? O que te arrancou a alegria dos olhos?” Ele ficou calado por um tempo, olhando as chamas dançarem.
E então, pela primeira vez desde que saíra de vassouras, contou tudo para alguém. Contou sobre assim a Mariana, sobre as noites de vergonha e dor, sobre a criança que talvez tivesse nascido com seus traços. E enquanto falava, as lágrimas desciam pelo rosto dele sem que ele tentasse escondê-las. Rosa ouviu tudo em silêncio e quando ele terminou, ela simplesmente pegou a mão dele e disse: “Você não tem culpa, Domingos.
Você foi violado assim como muitas mulheres são violadas pelos senhors. E isso não te faz menos homem. Isso só mostra como esse sistema é podre e cruel. As palavras de Rosa foram como bálsamo na alma ferida de Domingos. Porque pela primeira vez alguém entendia que ele tinha sido vítima e não cúmplice, que não havia prazer naquilo que assim h lhe forçara a fazer, só dor e humilhação.
A partir daquela noite, Domingos e Rosa se aproximaram ainda mais. começou a nascer entre eles um sentimento verdadeiro e puro, diferente de tudo que ele tinha vivido com Mariana, porque agora havia respeito, carinho, escolha. Eles se amaram pela primeira vez numa noite de lua nova, escondidos num canto da cenzala enquanto os outros dormiam.
E foi a primeira vez na vida que Domingos sentiu que estava fazendo amor de verdade com alguém que o queria tanto quanto ele a queria, sem medo, sem vergonha, sem coersão. Os meses foram passando e o amor entre Domingos e Rosa cresceu como planta bem regada. Eles faziam planos sussurrados de juntar dinheiro para comprar a alforria.
Sonhavam com um pedaço de terra onde pudessem viver livres, com filhos que nasceriam sem correntes, que esses sonhos davam força para domingos aguentar o trabalho brutal da charqueada. Mas Antônio Bento tinha outros planos. Ele continuava falando em fuga. Dizia que sabia de um quilombo nas serras que ficava a três dias de caminhada, um lugar chamado quilombo do arroio negro, onde viviam mais de 200 negros livres que se defendiam de qualquer ataque dos capitães do mato.
“Vem com a gente, Domingos”, dizia Antônio com olhos brilhando de esperança. “A gente vai fugir na próxima lua nova. Já tem 10 homens combinados. A Rosa pode vir também. Lá vocês podem casar e ter filhos livres.” Domingos ficava dividido porque tinha medo de ser pego e morto, mas também tinha medo de passar a vida inteira acorrentado, trabalhando até a morte numa charqueada fedorenta.
Ele conversou com Rosa sobre a proposta de Antônio e, para sua surpresa, ela disse que queria tentar, que preferia morrer na mata livre do que viver presa para sempre. A gente tem que tentar, Domingos, disse ela com voz firme. A gente tem que tentar, porque se não tentar, a gente vai morrer aqui mesmo um pouquinho a cada dia, até não sobrar nada da gente.
Quem está acompanhando essa história e sentindo cada palavra no peito, deixa teu like agora para que mais gente possa conhecer a luta desses homens e mulheres por liberdade. Foi assim que Domingos se juntou ao plano de fuga. Eles marcaram paraa noite de lua nova do mês seguinte, quando a escuridão seria mais profunda e as chances de serem vistos menores.
Os dias que antecederam a fuga foram de ansiedade e medo. Domingos e Rosa juntaram algumas provisões escondidas: farinha, shark, uma faca velha e rezaram pros orixás e santos que os protegessem. Na noite marcada, 12 escravos se encontraram perto do curral dos cavalos. Antônio liderava o grupo com a autoridade natural de quem já tinha fugido antes.
Eles cortaram as cordas que prendiam alguns cavalos e seguiram a pé pela mata, porque montar chamaria a atenção demais. caminharam a noite toda. Rosa segurava firme na mão de Domingos e quando o sol nasceu, eles já estavam longe da charqueada, escondidos numa mata fechada perto de um arroio. Mas a liberdade durou pouco, porque Dom Rodrigo Tavares tinha capatazes experientes e cães farejadores.
E no terceiro dia de fuga, os cães encontraram o rastro do grupo. O ataque veio de surpresa. Os capitães do mato cercaram o grupo quando eles paravam para descansar perto de uma cachoeira e começou um tiroteio violento. Antônio gritou para todos correrem. Alguns conseguiram escapar pela mata, mas Domingos viu quando uma bala acertou Antônio no peito, o sangue espirrando vermelho na camisa, o corpo caindo de joelhos e depois tombando de cara no chão.3


Domingos quis voltar para ajudar o amigo, mas Rosa o puxou pelo braço. Ele já morreu, Domingos. A gente tem que correr ou vai morrer também? Eles correram pela mata como animais perseguidos, ouvindo os latidos dos cães cada vez mais perto, os gritos dos capitães do mato, os tiros ecoando entre as árvores. E quando acharam que não tinham mais forças, quando acharam que iam ser pegos, encontraram uma gruta escondida atrás de uma cortina de sipós.
Entraram ali e ficaram imóveis abraçados, respirando baixo, rezando em silêncio. E os cães passaram pela gruta sem perceber que eles estavam ali. Ficaram escondidos naquela gruta por dois dias, comendo apenas algumas raízes e bebendo água de uma poça que se formava no fundo da caverna. E quando finalmente saíram, famintos e exaustos, não sabiam mais para que lado ir.
Foi Rosa quem teve a ideia. A gente não vai pro quilombo, a gente vai pra cidade. A gente se mistura com os negros livres e forros, arranja trabalho e tenta comprar nossa liberdade de outro jeito. Domingos concordou porque sabia que os caminhos pro quilombo estariam sendo vigiados. Então seguiram em direção a Porto Alegre, caminhando só de noite e se escondendo de dia.
Levou quase duas semanas até chegarem na cidade e quando chegaram estavam tão magros e sujos que pareciam mendigos. Na cidade eles se misturaram com a população de negros livres e escravos urbanos. Domingos conseguiu trabalho num armazém perto do Cis. Rosa trabalhou lavando roupa para famílias ricas e durante três anos viveram assim, escondidos à vista de todos, sempre com medo de serem reconhecidos e capturados.
Nesse tempo, Rosa engravidou e quando o filho nasceu, um menino de olhos grandes e pele escura, eles o chamaram de Antônio, em homenagem ao amigo que morreu lutando pela liberdade. Criar aquela criança deu um novo sentido pra vida de Domingos. Ele trabalhava dobrado para juntar dinheiro, economizava cada vintém e Rosa fazia o mesmo.
Até que finalmente, depois de 5 anos na cidade, eles tinham economizado o suficiente para tentar comprar uma carta de alforria falsa através de um escrivão corrupto que conheceram. A negociação foi tensa e perigosa, mas no fim deu certo. Domingues e Rosa conseguiram os papéis que diziam que eles eram negros forros, livres.
E embora soubessem que os documentos eram falsos, eram tudo que tinham entre eles e as correntes. Com os papéis na mão, eles decidiram ir mais longe ainda. Atravessaram a fronteira e foram pro Uruguai, onde a escravidão tinha sido abolida há pouco tempo, que lá finalmente puderam respirar aliviados, sabendo que ninguém mais poderia reclamá-los como propriedade.
Em Montevidel, Domingos trabalhou como estivador no porto. Rosa vendeu quitutes na rua e criaram o pequeno Antônio e mais dois filhos que nasceram depois, todos livres, todos com o sobrenome que eles mesmos escolheram, liberdade. Domingos liberdade nunca esqueceu o que tinha passado, as noites de vergonha na fazenda dos Albuquerque, a dureza das charqueadas, a bala que matou Antônio Bento, mas também não deixou que essas memórias o destruíssem.
Ele transformou a dor em força, em vontade de viver. em amor pela família que construiu. Às vezes, nas noites calmas de Monte Videl, ele contava pros filhos sobre o Brasil que deixara para trás, sobre a luta pela liberdade, sobre os amigos que ficaram pelo caminho e sempre terminava dizendo: “Vocês nasceram livres, meus filhos, mas nunca esqueçam que essa liberdade custou sangue, suor e lágrimas de muitos que vieram antes, e vocês têm obrigação de honrar essa memória vivendo com dignidade.
” e lutando para que todos sejam livres um dia. Rosa o via ao lado, segurando a mão do marido, e sabia que, apesar de tudo que tinham passado, apesar de todas as cicatrizes que carregavam na alma, eles tinham vencido, porque estavam juntos, livres e com filhos, que nunca saberiam o que era usar correntes. E se essa história de luta, dor e esperança tocou teu coração, vai lá no canal agora e se inscreve, porque tem muitas outras histórias de brasileiros esquecidos esperando para serem contadas.
Histórias de gente que lutou, que sofreu, que amou e que nunca desistiu de ser livre. E essas histórias precisam ser lembradas para que a gente nunca esqueça de onde viemos e para onde queremos ir. para que a gente nunca deixe que a escravidão, em qualquer forma que seja, volte a existir nessa terra abençoada que é o Brasil.

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